O sistema brasileiro é constituído, em geral, por três partes, ou seja, para classificarmos uma escalada usamos três codificações, como por exemplo: 5° VIsup A1.
A primeira é o grau geral da via, que está presente na maior parte da escalada e leva em conta também o tamanho da via, a distância entre os grampos e outros fatores. Vai do 3° grau (fácil) até o 12° grau (extremamente difícil). Neste exemplo citado, temos uma via de quinto grau.
A segunda parte define o grau do lance chave da via, também conhecido como "crux". Pode aparecer também a abreviação 'sup' (de superior) ou uma letra. Até o sexto grau é utilizado um 'sup' para definir que este lance tem uma dificuldade superior ao grau citado porém ainda inferior ao seguinte. A partir do sétimo, para aumentar a precisão, são utilizadas as letras minúsculas 'a', 'b' e 'c'. No exemplo a via é de quinto grau com lance de sexto sup.
A terceira parte expressa a dificuldade de passagens artificiais da via, que só aparecerão se existirem; grau que varia de A0 até A5 e leva em consideração as proteções, o tipo de rocha, a inclinação da parede e, principalmente, o potencial de queda. Essa classificação é utilizada em todo o Brasil, porém se voce for escalar em outros países, existe uma tabela de equivalência, conforme segue:
Uma das vantagens do sistema brasileiro é a menção do grau geral e do crux da via em separado, ao contrário do que acontece em sistemas como o americano e o francês, que tomam como grau de uma escalada apenas o grau do seu lance mais difícil.
O sistema aqui proposto procura manter esta e outras qualidades deste sistema e ao mesmo tempo acrescentar algumas inovações que o tornem mais atual e eficiente.
Para medir o grau de exposição utilizamos a letra "E", que vai de E1 a E5, que mede o grau de proteção da via; uma via E1 é bem protegida, a exemplo de vias na falésia do anhangava e E5, vias altamente perigosas, como algumas em Salinas - RJ. O fator de exposição é opcional no grau da via, pode-se colocar como omitir. Normalmente, em passadas fáceis, diminui-se as proteções, que se concentram em lances chaves.
Outro grau medido é o de duração da escalada, representado pela letra "D", de 1 a 7, sendo D1, vias de poucas horas a 7, que abrangem expedições dom vários dias de escalada.
Por padrão, utiliza-se em vias de falésias ou esportivas curtas, somente o grau geral da via, e nos boulders, a classificação é feita pela letra "V", sendo o V0 (V-zero) o boulder mais fácil, equivalendo a um sexto sup e V-15 o mais difícil.
Os clubes e escaladores tentam ao máximo uma padronização desta modalidade de graduação, que em termos técnicos, atende as necessidades dos escaladores.
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