A cada seis dias de pedal, um de descanso. Em cada noite, um hotel, uma massagem e o máximo de sono possível para recarregar baterias para o dia seguinte. Para sobreviver ao Tour, não é suficiente ser forte - é preciso ter resistência, capacidade de recuperação, preparo psicológico e uma grande capacidade de suportar a dor. Num dia, um ciclista queima até 9.000 calorias. O desgaste fisiológico pode exigir até dois meses de descanso dos atletas.
Muita coisa mudou desde a primeira edição do Tour de France, em 1903. Hoje as regras são diferentes e o sofrimento vem embalado numa infra-estrutura grande, cara e colorida - tanto quanto o circo da Fórmula 1, só que com motores movidos a carboidratos, isotônicos e suor. A imagem do ciclista solitário pedalando pela noite deu lugar aos pelotões de roupas vibrantes e equipamentos high-tech. As vinte e duas equipes selecionadas investem milhões de dólares para contratar os melhores atletas, treinadores e mecânicos para ter mais chances de uma boa classificação. Mais do que a premiação - são quase 3 milhões de euros no total, sendo 400 mil só para o primeiro colocado - vencer o Tour de France é para os ciclistas a chance de se tornar imortal.
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