29 de abr. de 2009

Green River Race - A copa das corredeiras



Toda modalidade tem seu evento chave, culminante, como o Ironman do Hawaii para os triatletas, o Tour de France para os ciclistas, Spartathlo para os ultramaratonistas, a Green River, descida de caiaques feita no rio de mesmo nome, localizado na Carolina do Norte, nos EUA, é a meca dos amantes do caiaquismo, ponto de encontro dos atletas mais destemidos de todas as partes do planeta, neste evento que é mais que uma corrida, mas a cerimônia anual em celebração ao esporte. Participar dessa prova e ganhar a camisa de número um não é tarefa fácil, já que a maior parte do evento acontece em corredeiras de classe V - a classificação das descidas vai de I a VI, sendo que a última é considerada praticamente intransponível.



O Brasil esteve presente no Green River em 2008 com a performance de Pedro Oliva Criscuolo, que participou na categoria short boat. Pedrinho, como é conhecido, mora atualmente na Califórnia e ficou com a 54ª posição no ranking final. Foi sua estréia na competição. "Uma das coisas que mais me chamou a atenção foi a impressionante quantidade de pessoas que caminharam mais de uma hora para poderem assistir de perto aos canoístas desafiando as perigosas águas do rio", diz Pedro. "É realmente uma cena sensacional de ver, ainda mais quando se tem por perto uma natureza tão exuberante."
A largada acontece de 20 em 20 segundos, e Pedro foi um dos primeiros a largar em sua categoria. O atleta ainda perdeu preciosos segundos ao parar para ajudar um outro competidor que estava preso nas pedras - para garantir a segurança dos caiaquistas, faz parte do regulamento que todo atleta deve ajudar quem estiver com problemas a sua frente, mesmo que isso lhe custe várias posições. "É uma regra que preza a ética do esporte, de cada um ter muito respeito pela vida do outro canoísta", afirma. "Vi um atleta em apuros, parei, resgatei seus equipamentos o mais rápido que pude e segui em frente com gás total... Mas nisso já havia perdido muito tempo. Sem problemas. Ano que vem tem mais."
Um dos momentos mais memoráveis da prova foi quando todos os participantes formaram um gigantesco círculo com os caiaques em pé, com o bico para cima. Os caiaques menores ficam no interior do círculo, deitados no chão. A roda é organizada de acordo com uma ordem de chamada, que segue a classificação do ano anterior.
Depois que o círculo está formado, o mestre-de-cerimônias reforça as últimas instruções e relembra as normas de segurança e a importância da ajuda mútua entre os canoístas. Todos ali sabem que se trata de um rio perigosíssimo e que a vida dos atletas vale mais que um prêmio. Por momentos assim é que o Green River é uma competição inesquecível e fascinante.

Ainda falando em Pedro, observe a foto abaixo:
Existem muitos doidos por ai, eu já tinha visto algumas descidas alucinantes de cachoeiras antes.
Pedro Oliva quebrou o recorde mundial de descida em cachoeira no começo de Março, ao descer uma queda de 39 Metros!! A façanha aconteceu na cachoeira de Salto Belo, no Rio Sacre, localizada no estado do Mato Grosso.
Segundo a Revista Pulse, Pedro levou 2,9 segundos caindo do topo da cachoeira até a base, e sua velocidade chego a 113km/h!



Parabéns Pedro pelo recorde! E também pela coragem!

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