27 de nov. de 2008

Cartas Topográficas - aprenda um pouco

Muitas vezes as pessoas se vêem às voltas com problemas simples de localização, como ter de ir a algum lugar sem conhecer exatamente o caminho, como por exemplo, quando se vai visitar um amigo pela primeira vez.
Pra se situar, mesmo sem conhecer o local, a pessoa lhe fornece alguns dados para facilitar sua localização. Às vezes, no entanto, se a casa é longe e o percurso complicado, isso pode não ser suficiente. A solução, nesse caso, é pedir ao amigo que desenhe um roteiro: então, numa folha de papel, ele assinala o lugar onde se está e o lugar onde se quer ir, traça o percurso das diversas ruas - com os respectivos nomes, para melhor reconhecimento - e relaciona, se houver, os pontos de referência mais importantes, como praças, monumentos ou edifícios públicos. Com essas indicações, torna-se bem mais fácil chegar ao destino.

Ao traçar o caminho de sua casa numa folha de papel, na verdade a pessoa desenhou, em dimensões reduzidas, uma pequena parte da superfície terrestre.
Para facilitar a orientação, a folha indicava, de modo simples mas completo, as principais características da zona onde se encontrava o endereço buscado. Na prática, aquele simples roteiro constitui uma carta topográfica. Os mapas ou cartas topográficas são desenhos que representam partes da superfície terrestre, em dimensões reduzidas. Seu próprio nome os define claramente: em grego, ghé significa Terra e graphya significa desenho ou escrita. Carta topográfica, assim quer dizer "carta do desenho da Terra".

Como são feitas

As cartas topográficas tornam-se instrumentos indispensáveis em muitas ocasiões: para orientação em territórios desconhecidos, para conhecer as características de regiões longínquas, onde não se pode ir pessoalmente, ou para conseguir uma visão de conjunto de territórios muito extensos.
Para simplificar a consulta, a elaboração das cartas topográficas obedece a regras bem precisas, adotadas internacionalmente e aplicáveis a todo tipo de carta - desde as que representam territórios muito pequenos até as que compreendem toda a superfície da Terra.
Ao olharmos uma carta topográfica vemos uma infinidade de linhas que cobrem o mapa, sem jamais se cruzar e muitas vezes não entendemos qual o sentido daquilo. Iremos explicar o que é cada tópico e sua finalidade, para que você saiba identificar vales, montanhas, divisores de água e outros.

Curvas de nível

São linhas que ligam pontos, na superfície do terreno, que têm a mesma altitude (cota). É uma forma de representação gráfica de extrema importância. A planimetria possui uma forma de representação gráfica perfeita, que é a planta (projeção horizontal). Nela, os ângulos, aparecem com sua verdadeira abertura e as distâncias exatas, naturalmente reduzidas pela escala do desenho. Enquanto isso, a altimetria só conta com a representação gráfica em perfil (também chamado de vista lateral, vista em elevação, corte etc). Mas o perfil só representa a altimetria de uma linha (seja reta, curva ou quebrada) mas não de uma área. Então a visão geral fica altamente prejudicada, pois precisaríamos de um número imenso de perfis do mesmo terreno em posições e direções diferentes, para termos uma visão panorâmica e nunca poderíamos visualizá-los todos ao mesmo tempo.
As curvas de nível serão representadas na planta abrangendo uma área, o que permite ao usuário uma visão imaginativa geral da sinuosidade do terreno. Observando uma planta com curvas de nível, se é capaz de visualizar os vales, grotas, espigões, divisores de água pluviais, terrenos, terrenos mais íngremes ou menos acidentados, terrenos mais sinuosos (acidentados) e menos irregulares, elevações etc.

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