28 de nov. de 2008

Guia pratico para montar sua bike - iniciantes


É muito comum voce ficar boiando no meio da conversa dos mais antigos no pedal. Para dar uma ajuda a estes iniciantes elaboramos um ABC de uma bicicleta. Assim você saberá pra lado da bike olhar quando o assunto for roda livre, por exemplo.

A bicicleta pode ser dividida na sua estrutura em: Quadro e conjunto de direção, rodas e grupo. Esta divisão visa também a ajudar a quem esta pensando em montar sua própria bike, pois esta é uma maneira objetiva de comprar as peças.

O quadro pode ser considerado a parte mais importante da bike, pois, alem do visual é a parte estrutural da magrela e, se ele não estiver adequado a você o problema pode ser grande. Na hora de escolher um você deve proceder da mesma maneira que escolhe uma roupa. Além de bonita ela deve servir e te deixar confortável, como um tenis; voce não iria comprar um tenis apertado ou muito grande.

A primeira coisa, a saber, na hora de comprar um em uma loja é o número do quadro. Atenção, para as mountain bikes, o valor é em polegadas. Para adultos, vai de 16” para a 22". Além do tamanho, o desenho também influi. Mas para dar um guia básico em poucas linhas, para pessoas de cerca de 1,60 m de altura, o tamanho indicado é o 16, para 1,70m o 18 e para pessoas de 1,80m pra cima, os de 20” ou maior são os indicados. Masvoce deve "experimentar", pois existem outras medidas que influenciarão na escolha final. Outro detalhe é o ângulo da roda dianteira em relação ao quadro, que define a distância entre eixos. Quanto mais curto esta distância, a bike fica mais ágil para trilhas estreitas, daquelas cheias de árvores e pedras. Com a roda mais encaixada no quadro, a bike fica mais arisca também. Do lado contrário, se o ângulo for mais aberto a bike faz curvas mais abertas, mas fica mais confortável para passeios longos, como cicloturismo.

A mesa é a ligação entre o garfo e o guidão, e também serve como ajuste final do tamanho do quadro com relação ao tamanho do seu tronco e a altura do guidão, o que influi na distribuição de peso do corpo entre o selim e as mãos. Este detalhe é muito importante para quem quer fazer viagens de bike. Estar “deitado” mais à frente, pode ser muito bom para subidas de trilhas, mas em uma viagem de centenas de quilômetros, complica e muito. A ideal é sempre distribuir o peso entre em selim e guidão visando o equilíbrio entre conforto e desempenho.

A escolha do guidão é definida pelo uso que se vai dar a bike. Sempre tenha isso em mente.

Outro item é o amortecedor. A principal função do amortecedor é manter o pneu no chão aumentando a segurança nas descidas em trilhas de terra. Poupar os braços é uma conseqüência. Hoje, dificilmente alguém monta uma MTB sem suspensão dianteira. Neste item, existem opções a serem feitas, agora se você tiver a certeza absoluta de que só vai pedalar em asfalto liso toda a sua vida, o garfo é a melhor opção.

Existem 3 tipos de suspensão: elastômetro, óleo e ar. A mais comum e largamente usada é a primeira. Como sempre a escolha passa pelo uso que você pretende dar à bike. Para passeios pelo campo e cicluturismo, as de elastômetro resolvem muito bem o problema. Este tipo requer pouca manutenção e não te obriga a levar um tubo com ar comprimido na mochila.

Outra coisa importante nas suspensões é o tamanho do curso que ela flexiona. Esse valor tem a ver com a pancada esperada para suas descidas e também tem que estar de acordo com o quadro. Os quadros são desenhados tendo em mente um valor de curso: 80, 100, 120, mm. Verifique o indicado para o quadro que você escolheu nas informações do fabricante.

Quanto à suspensão traseira, ela tem a mesma função de manter a roda no chão, mas só é indicada para down hill. Ela ajuda muito pouco em melhorar o conforto do seu traseiro junto ao selim, porém o movimento de sobe e desce proporcionado pela suspensão traseira, rouba energia que deveria te empurrar para cima do morro. E em viagens não dá pra colocar o alforje.

Se o quadro é a estrutura da bike que deve lhe vestir com conforto, logo em seguida, vem o grupo, composto do sistema de câmbio e freio. As opções em marcas e modelos são muitas, e só pela variação de preço entre os vários modelos já se pode afirmar que você terá muito que pensar e ponderar para escolher. Há sempre aquela máxima de que quanto mais caro melhor, mas isso só cabe pra quem tem dinheiro sobrando e não quer esquentar a cabeça. Cada grupo é projetado para um tipo de uso, mais uma vez, você precisa saber até onde quer ir com sua magrela antes de decidir que sistema escolher. Cada um lhe dará um desempenho diferente, mas antes de sair comprando os tops de linha, saiba como utilizar, pois, conforme aumenta a precisão, aumenta a sensilidade e cuidados. Procure saber qual irá atender a sua necessidade.

Os cubos, que compõem as rodas, já estão no grupo. Comprar o grupo, além de ter peças compativeis uma com a outra, geram uma boa economia no final das contas.

A partir dos cubos montamos as rodas com o aro e os raios. Depois, é só revestir com um pneu para o seu tipo de passeio e sair por aí. Vamos ver o que avaliar em cada componente.

Vale lembrar de sempre carregar o kit de reparos emergenciais. Logo publicarei algo a respeito.

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